Vantagens do escaneamento intraoral para confecção de próteses sobre implantes unitários e múltiplos

Matéria da semana - Ivan Andrade

Vantagens do escaneamento intraoral para confecção de próteses sobre implantes unitários e múltiplos

Autor: Ivan Andrade

Palavras-chave: Intraoral scanners. Dental prosthesis. Digital impression. Precision. Escaneamento Intra Oral. CAD/CAM. Scanner Intraoral. Fluxo Digital.

A moldagem dos arcos dentais é um procedimento clínico importante para o diagnóstico, planejamento e execução dos trabalhos de reabilitação oral. Nos últimos anos o escaneamento digital intraoral tem se aprimorado, sendo utilizado em maior escala dentro dos consultórios odontológicos e clínicas de imagens que prestam este serviço. Scanners intraorais são dispositivos que captam impressões ópticas diretas dos dentes, demais estruturas orais, registro de oclusão, antagonistas e referências tridimensionais de componentes protéticos intermediários sobre implantes. 

Segundo Tinschert J. Et al, 2001, o CAD-CAM se refere a um desenho de uma estrutura protética num computador (Computer Aided Design) seguido da sua confecção por uma máquina de fresagem (Computer Aided Manufacturing). Trata-se de uma tecnologia muito utilizada em várias indústrias e que deve a sua introdução na Odontologia, ao final da década de 70 e início da década de 80 do século passado, a Bruce Altschuler, nos EUA, François Duret, na França, e Werner Mormann e Marco Brandestini, na Suíça. Os objetivos principais dessa tecnologia foram, então, a automatização de um processo manual de modo a obter material de elevada qualidade, padronizar processos. 

Para Argon 2016, desde o princípio das reabilitações odontológicas, a moldagem convencional é utilizada pelos profissionais como procedimento rotineiro, no entanto, com o crescente desenvolvimento da tecnologia 3D, a Odontologia ganha novas perspectivas, permitindo procedimentos mais ágeis e com resultados ainda mais positivos e confiáveis, como a moldagem digital, que é feita através de um scanner intraoral. O escaneamento intraoral é a primeira etapa do processo de um Fluxo Digital do sistema CAD/CAM. Eliminar a necessidade de uma moldagem convencional e confecção de modelos. Possuem vantagens: armazenamento permanente de dados, redução do desconforto do paciente associado ao uso de materiais de moldagem, precisão de copiar os detalhes, agilidade para confecção de trabalhos laboratoriais, agilidade dentro do consultório odontológico, agilidade dentro do laboratório de prótese, redução no uso de insumos, ecologicamente indicado e diminuição de etapas protéticas laboratoriais. 

Uma vez que as imagens são adquiridas pelo escaneamento, as mesmas são “importadas” para softwares de planejamento e manipulação das imagens captadas que serão trabalhadas com auxílio do computador. Os softwares para capturar e trabalhar as imagens estão no mesmo computador em que o scanner está conectado. Nesses programas, as imagens ou o modelo de gesso “virtual” são trabalhados e as futuras restaurações são criadas. Podemos chamar este procedimento de “enceramento virtual”. Os softwares específicos para a prótese dentária têm um banco de dados/biblioteca onde as formas dos dentes, dos componentes protéticos e implantes estão arquivadas e podemos utilizar a nossa livre escolha. Os softwares podem ser: Abertos, esses “importam” imagens de quaisquer scanners, bem como “exportam” ou enviam dados para quaisquer máquinas de usinagem controlada (mais indicados); ou Fechados, esses programas só aceitam recebimento e envio de dados para determinadas máquinas de captação de imagens e usinagem, ou seja, é um processo totalmente incomunicável entre as diferentes marcas de escaneamento, fresagem ou impressão existentes no mercado.  (Van Noort R 2012 e Giordano R. 2006).

Segundo Aragón et al 2016, os scanners intraorais foram desenvolvidos para oferecer a vantagem de obtenção de modelos dentais digitais diretamente do paciente como uma possibilidade de reduzir o tempo entre o exame do paciente e o diagnóstico completo. Já nos estudos de Mangano et al 2017, abordam como principal vantagem a redução do desconforto do paciente devido à inconveniência e dificuldades decorrentes dos materiais usados na técnica convencional. Além disso, os scanners intraorais armazenam os dados permanentemente, permitindo uma identificação imediata de detalhes que podem ser redigitalizados sem ter que refazer toda a moldagem (Aragón et al 2016).

Podemos concluir que através  de um scanner intraoral, podemos escanear preparados realizados em dentes, para trabalhos como lentes de contato, facetas, coroas de emax, cerâmica pura, metalo cerâmicas ou mesmo para um provisórios em acrílico, na Ortodontia para os alinhadores e planejamento ortodônticos, na oclusão para verificar desajustes oclusais e suas possíveis correções e na Implantodontia se destaca devido a agilidade de confecção das peças protéticas laboratoriais unitárias ou múltiplas ferolizadas. Utilizando o sistema Implacil que possui os pilares Base T que são componentes protéticos utilizados para sistemas CAD/CAM. Permitem a execução de pilares cerâmicos personalizados para uma ampla gama de soluções individualizadas, a renomada linha Base T, conta também com o sistema Scancorp, que oferece qualidade de superfície superior e uma geometria única para resultados de digitalização de alta precisão. O Scancorp é utilizado em conjunto com os pilares Base T para todos implantes HE (Hexágono Externo), HI (Hexágono Interno) e CM (Cone Morse) e também, a linha Implacil de Bortoli ainda possui os revolucionários Transfers Digitaispara Base T, Micro Cônico, Mini Cônico, Cônico Estético, Pilares Ideale e para plataformas HE e HI. Uma Linha Digital completa para otimizar o dia a dia de quem faz implantes e prótese sobre implantes para elementos individuais e múltiplos como pontes ou protocolos em qualquer material restaurador.

Referências: 

Aragón M, Pontes L, Bichara L , Flores-Mir C, Normando D. Validity and reliability of intraoral scanners compared to conventional gypsum models measurements: a systematic review. European Journal of Orthodontics, 2016, 1–6. 

Tinschert J, Natt G, Mautsch W, Augthun M, Spiekermann H. Fracture resistance of lithium disilicate-, alumina-, and zirconia-based three-unit fixed partial dentures: a laboratory study. Int J Prosthodont. 2001;14:231-8.

Mangano F, Gandolfi2 A, Luongo G, Logozzo S. Intraoral scanners in dentistry: a review of the current literature. BMC Oral Health .2017.

Giordano R. Materials for chairside CAD/CAM-produced restorations. J Am Dent Assoc. 2006;137 Suppl:14S-21S.

Van Noort R. The future of dental devices is digital. Dent Mater. 2012;28:3-12.

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