Fluxo Digital em implante imediato Maestro, com preservação alveolar com Extra Graft, associado a enxerto de tecido conjuntivo

Matéria da Semana - Washington Santana

Fluxo Digital em implante imediato Maestro, com preservação alveolar com Extra Graft, associado a enxerto de tecido conjuntivo

Por Washington Santana, Álvaro Martins e Paulo Caixeta

A paciente TAC, 39 anos, sexo feminino, procurou clínica privada com história de trauma bucal e posterior soltura da coroa do dente 11 (Fig. 1). Após avaliação clínica e tomográfica, foi diagnosticado fratura radicular. Dessa forma, seguiu-se com o planejamento para instalação de implante imediato com planejamento virtual e impressão de guia cirúrgica para instalação guiada com kit de Cirurgia Guiada da Implacil (Fig. 2).

Para o tratamento, foram seguidas todas as condutas cirúrgicas recomendadas na zona anterior da maxila, especialmente em pacientes com expectativa de excelência no resultado estético. Primeiramente, a exodontia com menor trauma possível (Fig. 3 e 4).

Em seguida, fresagem orientada pela guia cirúrgica. Para a instalação do implante (Maestro 3.5 x 15mm) na posição tridimensional, ideal do ponto de vista protético, foi necessário 40N para concluir (Fig. 5). Portanto, decidiu-se pela temporização imediata com provisório sobre o implante ajustado com resina composta no pilar provisório CM, realizado pelo Dr. Álvaro Martins (Goiânia-GO).

Durante os ajustes e acabamentos do provisório, simultaneamente, foram iniciadas as etapas regenerativas para preservação da morfologia tecidual do osso e dos tecidos moles. Nesta etapa, foi feito preenchimento com substituto ósseo natural bovino aglutinado em colágeno (Extra Graft / Silvestre Lab.), no espaço peri-implantar intra-alveolar, entre o implante e a parede integra do osso vestibular. Em seguida, tunelização na mucosa vestibular ao alvéolo e fixação com suturas (polipropileno 6.0) do enxerto tecido conjuntivo na zona supracristal para aumento de volume dos tecidos moles (Fig. 6 e 7).

Por fim, o provisório foi instalado sobre o implante com morfologia côncava na área submucosa, definindo a zona subcrítica e o contorno da margem mucosa coronária delimitando a zona crítica (Fig. 8 e 9).

Após um período de três meses para maturação e organização do tecido peri-implantar, iniciou-se procedimentos protéticos para a confecção da coroa utilizando fluxo digital (Dr. Álvaro Martins / TPD. Paulo Caixeta – Laboratório 3D). A coroa provisória foi retirada e a osseointegração foi confirmada clinicamente (Fig. 10).


Para o escaneamento utilizou-se o ScanCorp para o Pilar Digital 3.8 (Implacil) (Fig. 11).

O escaneamento foi realizado com o scanner Trios 3 (3shape) tanto da posição do implante, quanto do perfil transmucoso obtido (Fig.12).

Com o auxílio do software DentalCad (Exocad), a estrutura e o desenho foram executados (TPD Paulo Caixeta). Considerando o desafio de mimetizar valor, matiz e saturação com a faceta pré-existente em cerâmica adjacente no dente 21, foi idealizado uma infraestrutura em Zircônia sobre aplicação de camada em e-max para obter substrato que oferecesse características semelhantes e melhorasse o prognóstico estético para cimentação de uma faceta, também em e-max press maquiada. Uma régua fotocromática com auxílio do software Matisse foi utilizada para identificar a cor e alcançar referências de semelhança entre os elementos 11 e 21 durante a prova da infraestrutura e da faceta (Fig. 13 e 14).

Após a etapa laboratorial concluída, foi realizada a cimentação da infraestrutura sobre o pilar Digital Implacil CM (3.8 x 3.5mm altura) com técnicas padrão recomendadas no tratamento do pilar e interior da infraestrutura com jateamento Al2O3 e uso de alloy primer + adesivo + cimentação resinosa Relyx U-200 (3M). Em seguida, após avaliação cromática com diferentes opções de cor, foi realizada a cimentação da faceta na estrutura com resina termo modificada fora da boca (fig. 15 e 16).

O orifício de acesso palatino foi vedado com camada teflon e coberto com resina composta após tratamento padrão para obter adesão de resinas em cerâmica. A Fig. 17 demonstra o resultado protético obtido e a radiografia periapical após a conclusão.





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