Reabilitação em área estética com implante Due Cone e Pilar Base T – da cirurgia à prótese

Reabilitação em área estética com implante Due Cone e Pilar Base T – da cirurgia à prótese

Dentes tratados endodonticamente com pinos metálicos podem gerar uma possível fratura, e em elementos uni radiculares, como os do setor anterior, a incidência pode ser maior, gerando fraturas no sentido longitudinal.
Esse relato de caso clinico demonstra uma sequência de tratamento, desde a cirurgia à reabilitação protética com acompanhamento de um ano.

Para implantes no setor anterior precisamos entender a característica do fenótipo periodontal do paciente, uma vez que ao remover o remanescente radicular, muitas alterações poderão ocorrer nessa região, tais como uma possível migração apical da crista óssea alveolar e da margem gengival, perda óssea volumétrica no sentido horizontal e o aparecimento de black space na região das papilas.

Para minimizar esses danos, devemos realizar uma extração atraumática, gerando o menor dano possível aos tecidos adjacentes. Outro ponto de atenção é o remanescente ósseo, onde necessitamos de uma disponibilidade óssea transapical suficiente para uma estabilidade primária acima de 35N, o que torna possível realizar um provisório imediato ao procedimento cirúrgico.

Nesse caso, optamos em utilizar o implante Due Cone 3.5×13 com pilar provisório CM 4.0×2.5 mm.

Para evitar possíveis perdas teciduais, foi realizado enxerto de biomaterial xenógeno com partículas pequenas no gap do alvéolo gerado pela distância da superfície externa da parede do implante e a face interna da parede óssea vestibular, assim como enxerto subepitelial de tecido conjuntivo estabilizado por suturas double-cross e simples.

Após 4 meses da cirurgia, o paciente retornou para o procedimento de moldagem e confecção de uma nova prótese no elemento adjacente para minimizar possíveis danos estéticos relacionados a cor.

Nesse momento podemos observar a qualidade e quantidade de tecido peri-implantar, assim como estabilidade dimensional de seu arcabouço e desenho de margens gengivais.

A reabilitação final foi conduzida com infraestrutura de zircônia sobre Pilar Base T 3.5×2.5 mm e confecção de duas coroas em dissilicato de lítio nos elementos 11 e 21.

Após um ano de acompanhamento, podemos observar a estabilidade dimensional das margens gengivais, ausência de inflamação e preservação das cristas ósseas interproximais.