Extra Graft XG-13: biomaterial seguro e versátil para o dia a dia clínico do implantodontista

Extra Graft XG-13: biomaterial seguro e versátil para o dia a dia clínico do implantodontista

Introdução
O Extra Graft XG-13 é um substituto ósseo constituído por 75% de hidroxiapatita, principal componente mineral do osso, associado à 25% de colágeno tipo I, ambos de origem bovina.

Os grânulos de hidroxiapatita apresentam propriedades físico-químicas semelhantes à estrutura óssea humana e conferem potencial osteocondutor para a regeneração óssea. O colágeno, polímero natural da matriz extracelular, tem sido utilizado em estudos de desenvolvimento de materiais para engenharia tecidual, pois é facilmente absorvido pelo corpo, permite fixação das células e é biocompatível (1,2). O Extra Graft XG-13 é produzido através de rigoroso processo de purificação de múltiplas etapas. A associação do colágeno com a hidroxiapatita forma um compósito que, além de altamente eficaz, não apresenta grau de citotoxicidade ou relato de reações adversas (3-7). Adicionalmente, por ser um material facilmente moldável, flexível e com alta agregação ao defeito ósseo, o Extra Graft XG-13 possui excelente aplicabilidade clínica (8). Dessa forma, possui estrutura física e química compatível com a aplicação como substituto ósseo.

O objetivo desta matéria é mostrar a versatilidade e segurança do substituto ósseo Extra Graft XG-13, em diferentes tipos de situações clínicas como preservação alveolar, preenchimentos de GAP e pequenos defeitos em regenerações ósseas guiadas (ROG).

Relato dos Casos

Caso 1: Preservação Alveolar em 120 dias pós exodontia com Extra Graft XG-13 e membrana de PTFE-d Cytoplast TXT 200

Figura 1 – Dente 46 com fratura longitudinal e indicação para exodontia.
Figura 2 – Alvéolo pós exodontia com defeito vestibular e posicionamento da membrana de PTFE-d Cytoplast TXT200 de 12 x 24 mm (sem reforço de titânio).
Figura 3 – Preenchimento do alvéolo com Extra Graft XG-13. A facilidade de manuseio do produto permitiu a acomodação ao defeito com a utilização de 1,5 g de biomaterial.
Figura 4 – Fechamento da membrana sobre o biomaterial e sutura com fio Cytoplast 3.0, obedecendo todos os princípios da técnica de preservação alveolar.
Figura 5 – Remoção da membrana após 21 dias. Pode-se observar o biomaterial preservado e o início de maturação dos tecidos.
Figura 6 – Reabertura após 120 dias pós exodontia. Observado a maturação óssea, inclusive correção do defeito vestibular.

Caso 2: Preenchimento de GAP no espaço entre a parede do implante e a tábua óssea vestibular com Extra Graft XG-13

Figura 1 – Indicação de implante imediato do dente 21.
Figura 2 – Rebordo cicatrizado da região do dente 11 e o alvéolo do dente 21 para instalação de implantes.
Figura 3 – Realização de novos alvéolos através de osteotomia feita pela técnica de cirurgia guiada.
Figura 4 – Vista oclusal do posicionamento 3D dos implantes: 11 em rebordo e 21 em alvéolo.
Figura 5 – Instalação dos componentes da linha Ideale. No alvéolo do implante 21 foi feito preenchimento com o Extra Graft XG-13, assegurando que o biomaterial não entre para o interior do implante.
Figura 6 – Enxerto de tecido conjuntivo subepitelial (ETCS) do implante 11 e instalação das coifas de titânio sobre os componentes Ideale para confecção dos provisórios, após preenchimento de GAP do implante 21.
Figura 7 – Instalação de provisórios aparafusados e sutura finalizada.

Caso 3: Regeneração Óssea Guiada (ROG) com Extra Graft XG-13 e membrana de PTFE-d Cytoplast RPM

Figura 1 – Perda do implante 11 em área estética.
Figura 2 – Implante explantado com dispositivo Retriever.
Figura 3 – Remoção de tecido mole na região de Tuber (gengival livre) com bisturi circular.
Figura 4 – Enxerto do tecido mole na região do implante explantado para melhorar a característica do tecido queratinizado.
Figura 5 – Cicatrização do tecido mole após 60 dias.
Figura 6 – Alvéolo do implante 11 com defeito de tábua vestibular e três paredes remanescentes.
Figura 7 – Preenchimento do defeito com substituto ósseo Extra Graft XG-13. A manipulação do produto permitiu modelar o rebordo alveolar de forma simples e prática.
Figura 8 – Fechamento da área enxertada com a membrana de PTFE-d Cytoplast RPM. As perfurações presentes na membrana permitem que haja revascularização e infiltração de células viáveis do periósteo para o enxerto ósseo.

Características e benefícios

  • Redução do tempo cirúrgico: fácil manipulação e adaptação ao defeito ósseo;
  • Redução do desperdício de material: a presença de colágeno minimiza a dispersão da hidroxiapatita da cavidade, facilitando a inserção do produto no leito cirúrgico;
  • Osteocondução: as partículas de hidroxiapatita são capazes de conduzir o desenvolvimento de novo tecido ósseo através de sua matriz de suporte (1-3);
     
  • Vascularização: o colágeno tipo I de sua composição possui estrutura tridimensional que promove revascularização;
  • Ganho de volume: os grânulos de hidroxiapatita são de lenta reabsorção, o que mantém o volume ósseo durante a remodelação tecidual fisiológica (1,6,8);
  • Hemostasia: as propriedades hemostáticas do colágeno tipo I promovem estabilização do coágulo.

Conclusão

Nesta matéria foram apresentados três estudos de casos utilizando o biomaterial Extra Graft XG-13. Em todas as aplicações, tais qualidades tornam o Extra Graft XG-13 uma opção eficaz, segura e simples para a realização em diferentes procedimentos cirúrgicos, com boa adaptação nas áreas a serem enxertadas.


REFERÊNCIAS:

1- VIDAL, B. de C. The use of a complex of collagen type I with hydroxyapatite from bone, as a bone implant substitute: an experimental approach. Tissue Engineering, v.2, n. 2, p. 151-160, 1996.

2- WAHL, D. A.; CZERNUSZKA, J. T. Collagen-hydroxyapatite composites for hard tissue repair. European Cells and Materials, v. 28, p. 43-56, 2006.


3- RODRIGUES, C. V. M.; SERRICELLA, P.; LINHARES, A. B. R.; GUERDES, R. M.; BOROJEVIC, R.; ROSSI, M. A.; DUARTE, M. E. L.; FARINA, M. Characterization of a bovine collagen-hydroxyapatite composite scaffold for bone tissue engineering. Biomaterials, v. 24, n. 27, p. 4987-4997, 2003.


4- BITTENCOURT, R. C.; CASTRO-SILVA, I. I., PAULO, A. O.; TAVARES, D. S.; GRANJEIRO, J. M. Preclinical evaluation of a xenogenic hydroxyapatite/collagen-based bone substitute material. Revista Odonto Ciencia, v. 29, n. 1, p. 6-13, 2014.


5- ANTUNES, K. B.; PESSOA, V. A. A.; ZIMMERMANN, D.; MACHADO, J. J.; NICOLA, M. H. A. Diferenciação in vitro de células-tronco adiposas mesenquimais em osteoblastos: influência dos biomateriais. Implante News Perio, v. 5, n. 1, p. 315-324, 2020.


6- GEHRKE, S. A.; ARAMBURU JR., J.; TREICHEL, T. L. E.; RODRIGUEZ, F.; AZA, P. N.; DEDAVID, B. A. Comparative evaluation of two collagen-based biomaterials with different compositions used for bone graft: an experimental animal study. Journal of Applied Biomaterials & Functional Materials, v. 20, 2022.


7- HSU, F. Y.; CHUEH, S. C.; WANG, Y. J. Microspheres of hydroxyapatite/reconstituted collagen as supports for osteoblast cell growth. Biomaterials, v. 20, p. 1931-6, 1999.

8- DANTAS, A. K.; TUCCI, R.; LIMA, A. D.; TSUKUMO, S.; ABLA, M. Avaliação histológica de hidroxiapatita com colágeno quatro e dez meses após levantamento de seio maxilar. Revista ImplantNews, v. 7, n. 5, p. 647-652, 2010.