Utilização de implante Slim guiado para caso limítrofe de agenesia de incisivos laterais superiores: da cirurgia à prótese.

Materia da semana 21-03-23 - Fernando Lima

Utilização de implante Slim guiado para caso limítrofe de agenesia de incisivos laterais superiores: da cirurgia à prótese.

A agenesia dentária ou anodontia parcial é uma condição relativamente frequente, podendo acometer até 9,6% da população adulta, sendo mais frequente nos incisivos laterais superiores, representando 20% desse universo. Com isso, a busca por tratamentos com implantes nessa condição é alta na nossa rotina clínica. Assim, esse relato de caso clínico mostra uma sequência desde o planejamento cirúrgico à cimentação da reabilitação final.

Paciente com 33 anos, procurou a clínica para reabilitação de agenesia dos elementos 12 e 22, pós tratamento ortodôntico. Ao solicitar tomografia computadorizada em feixes cônicos, observou-se pouca disponibilidade óssea no sentido anteroposterior. Para evitar qualquer tipo de reconstrução óssea para diminuir a morbidade cirúrgica do procedimento, optamos pela utilização da linha de implantes Slim da Implacil De Bortoli, essa que apresenta implantes de corpo único com 2.5 a 3.0 mm com cinta protética fixa em 2 mm.

Para aumentar a precisão cirúrgica, uma vez que a disponibilidade óssea é limítrofe, optamos em realizar as fresagens sem retalho via cirurgia guiada.

Para facilitar as fresagens, foi planejada a cirurgia com uma anilha de 2.0 mm. Dessa forma, não seria necessária a utilização da peça redutora de anilha. Usamos também uma macrogeometria no software representando um diâmetro de 2.9 mm para atuar com margem de segurança para instalação do implante 2.5 mm Slim.

Planejado para restauração provisória imediata, o osso da maxila apresentou baixa densidade. Assim, foi realizada somente a fresagem com a fresa lança para instalação do implante, onde o mesmo obteve 35N em ambos os elementos.

No elemento 22 foi realizada a conversão do fenótipo peri-implantar com enxerto subepitelial de tecido conjuntivo para melhorar o perfil de emergência protético.

Após três meses, aguardando a maturação necessária para a estabilidade e cicatrização dos tecidos, foi solicitada uma radiografia panorâmica para avaliar a osseointegração dos implantes e dar sequência na reabilitação protética.

Sempre que realizamos provisório imediato, no momento da moldagem de transferência dos implantes, podemos observar o desenho do perfil de emergência protético. Para copiar o mesmo, utilizamos a personalização do transferente de moldagem do pilar Slim 3.5×4 mm com resina flow.

Planejamos a reabilitação final em dissilicato de lítio cimentada em conjunto com o TPD Fábio Correa.