Efeito da altura do abutment no nível ósseo do implante em cicatrização precoce: Um ensaio clínico randomizado. Blanco J, Pico A, Caneiro L, Nóvoa L, Batalla P, Martín-Lancharro P. Clin Oral Implants Res. 2018 Jan;29(1):108-117.
OBJETIVO:
O objetivo deste ensaio clínico randomizado foi comparar o efeito sobre a perda óssea peri-implantar de duas alturas diferentes (1 e 3 mm) de pilares definitivos colocados em implantes segundo o conceito de “platform switching”.
MATERIAL E MÉTODOS:
Vinte e dois pacientes receberam quarenta e quatro implantes (6,5-10 mm de comprimento e 3,5-4 mm de diâmetro) para substituir pelo menos dois dentes ausentes adjacentes, uma prótese fixa foi colocada em cada paciente e foi suportada pelos dois implantes instalados. Os pacientes foram alocados aleatoriamente, e duas alturas de pilares diferentes foram utilizadas, de 1 e 3 mm, utilizando apenas uma altura de pilar por prótese fixa. Medidas clínicas e radiográficas foram realizadas aos 3 e 6 meses após a cirurgia. As alterações do nível ósseo interproximal foram comparadas entre os grupos de tratamento. A associação entre perda óssea peri-implantar e variáveis categóricas (história de periodontite, tabagismo, localização do implante, diâmetro do implante, comprimento do implante, torque de inserção, largura da mucosa queratinizada, densidade óssea, biótipo gengival e antagonista) também foi realizada.
RESULTADOS:
Aos 3 meses, os implantes com pilar de 1 mm apresentaram perda óssea peri-implantar significativamente maior (0,83 ± 0,19 mm) em comparação aos implantes com pilar de 3 mm (0,14 ± 0,08 mm). Aos 6 meses, maior perda óssea peri-implantar foi observada em implantes com pilares de 1 mm em comparação aos implantes com pilares de 3 mm (0,91 ± 0,19 vs. 0,11 ± 0,09 mm). A análise da relação entre as características dos pacientes e as variáveis clínicas com perda óssea peri-implantar não revelou diferenças significativas em nenhum momento, exceto o tabagismo.
CONCLUSÕES:
A altura do pilar é um fator importante para manter o nível ósseo do implante na cicatrização precoce. Os abutments curtos levaram a uma perda óssea interproximal maior em comparação com os abutments longos após 6 meses. Outras variáveis, exceto o tabagismo, não mostraram relação com a perda óssea interproximal na cicatrização precoce.