Há muito tempo as empresas e os implantodontistas têm se dedicado a melhorar a macro, a micro e, mais recentemente, a nanogeometria dos implantes dentários, buscando com isso otimizar os resultados em termos de estabilidade primária e secundária dos implantes. Porém, um fator praticamente não mudou desde o início, lá com Branemark e Albrektson: a instrumentação! Pensando nisso, um periodontista de Michigan, EUA, dr. Salah Huwais, desenvolveu um sistema de brocas que, como ele mesmo propaga, otimiza o sítio e, assim, também os resultados. Essas brocas (Versah) fazem uma osseodensificação do rebordo, causando com isso uma expansão controlada dele ao mesmo tempo em que promove um autoenxerto, preenchendo as trabéculas ósseas com partículas provenientes da própria instrumentação.
Basicamente, por trabalhar com a matriz colágena do osso, basta haver um remanescente mínimo de 2 mm de osso medular para que se possam sentir os efeitos da osseodensificação. Vários estudos têm sido feitos e demonstrado sua eficácia, tanto na melhora da estabilidade primária, muito desejada nos casos de carregamento imediato, por exemplo, quanto na estabilidade secundária, o que pode antecipar a reabilitação final do caso, diminuindo o tempo de espera para pacientes e dentistas.
Muito ainda se tem para estudar sobre a técnica, porém, ela tem se mostrado promissora para o futuro da implantodontia. Os escareadores manuais do Sistema Implacil, que possuem desenho semelhante nas lâminas, têm função similar no tocante à expansão de rebordos atróficos, isso já comprovado clinicamente, também com excelentes resultados em maxilas. Neste caso foi utilizado implante Due Cone Implacil com carga imediata e pilar Smart, que pode ser utilizado tanto para próteses parafusadas quanto para cimentadas, com provisionalização imediata, além de preenchimento do gap com biomaterial xenógeno de lenta absorção e tecido conjuntivo.