Se existe algo que assombra a vida dos implantodontistas, com certeza, é a perda de implantes osseointegrados. A doença peri-implantar é um fator de risco para que isso aconteça, porém, ela pode ser evitada com a escolha de materiais adequados.
Sempre no centro das discussões, a peri-implantite é um processo inflamatório irreversível que acomete os tecidos peri-implantares em função, levando à perda óssea e, muitas vezes, à perda do implante. Embora já exista bastante avanço em pesquisas e em conhecimento sobre essa doença, até o momento, ainda não há um consenso sobre a melhor opção de tratamento.
Quando o clínico se depara com esse problema, ele tem a possibilidade de adotar duas condutas: o tratamento cirúrgico ou o não cirúrgico. “O primeiro deve ser realizado após tentativas fracassadas do segundo. Vale salientar a importância do correto diagnóstico, por isso radiografias periapicais precisam ser obtidas com frequência (a cada seis meses), para acompanhar o comportamento do osso peri-implantar e chegar a um diagnóstico confiável de perda óssea progressiva, o que caracteriza a peri-implantite. Muitas vezes, a terapia não cirúrgica cessa o sangramento a sondagem e o paciente volta a ter saúde peri-implantar, tornando a etapa cirúrgica desnecessária”, explica Guenther Schuldt Filho, doutor em Implantodontia.
Para Marco Aurélio Bianchini, doutor em Implantodontia, a abordagem cirúrgica é uma opção sempre que há dificuldade de acessar o defeito ósseo. Isso geralmente ocorre quando a perda óssea atinge quase até a metade do corpo do implante, com cinco ou mais espiras expostas. “Já o tratamento não cirúrgico pode ser tentado quando há até 4 mm de perda óssea, com a exposição de três a quatro espiras, o que caracteriza perda óssea de pequeno porte, com a formação de bolsa peri-implantar relativamente rasa e que poderá ser descontaminada com um acesso a campo fechado para a área”, detalha.
Mesmo sem consenso na literatura sobre um protocolo para tratar essa doença, convencionou-se, após muitos anos de observações clínicas, que a melhor alternativa é o tratamento cirúrgico – ou seja, a abertura de retalho para o acesso às espiras do implante que foram contaminadas e perderam o osso peri-implantar. Após obter este acesso, deve-se fazer a descontaminação mecânica, com raspagem do implante e do tecido de granulação circunjacente, e também a aplicação de agente descontaminante na superfície do implante, podendo ser usado soro fisiológico, bicarbonato de sódio, ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA), ácido cítrico, tetraciclina, laserterapia etc. Associada a esses protocolos, ainda é possível realizar a implantoplastia, que é a remoção com brocas diamantadas em alta rotação das espiras que perderam osso, transformando essa área de rugosa para lisa e sem espiras. “Em casos mais severos, é necessário remover o implante. Por isso, a prevenção é o melhor tratamento”, afirma Guenther Schuldt Filho.
Jamil Shibli, doutor em Periodontia, reforça que os protocolos para o tratamento da peri-implantite são baseados naqueles usados para combater a periodontite. Então, são três os passos decisivos: “O primeiro é reduzir o processo inflamatório e, como a peri-implantite é causada pelo biofilme, tem que eliminá-lo por tratamento mecânico associado ou não a tratamento químico. O segundo passo é limpar a superfície do implante, seja com abertura do retalho ou por terapia não cirúrgica (indicada apenas para defeitos menores). A terceira é tentar ou não regenerar o defeito peri-implantar, o que dependente muito mais da forma, da localização e da severidade do defeito do que do processo propriamente dito”, elucida.
ESCOLHA DE MATERIAL VERSUS INCIDÊNCIA DA DOENÇA
Até o momento, não existem evidências de uma superfície ser mais propensa ou não a desencadear a peri-implante. Mas, Jamil Shibli destaca que há uma tendência de dizer que a superfície de implantes que são preparadas por adição são mais propensas a ter peri-implantite e, ainda, com certeza são as mais difíceis de serem tratadas. “Na ocorrência da peri-implantite, existe uma dissolução desse tipo de superfície, o que impede o tratamento por acontecer a reosseointegração, ou seja, a formação de um novo tecido ósseo sobre uma superfície previamente contaminada”, diz.
A incidência da peri-implantite pode ser minimizada com uma combinação de fatores que vai desde a utilização de um sistema de implantes confiável, grau de experiência do profissional, planejamento pré-protético, técnica cirúrgica adequada e consultas periódicas para manutenção do nível ósseo peri-implantar. “Cada vez mais tem se dado ênfase à implementação de consultas periódicas de manutenção após o paciente receber a prótese sobre implante. A frequência dessas consultas dependerá do grau de higienização e da história periodontal pregressa e atual do paciente”, descreve Guenther Schuldt Filho.
Marco Aurélio Bianchini concorda que todos os pacientes que recebem implantes devem participar obrigatoriamente de um programa de manutenção e acompanhamento clínico e radiográfico, para controle de biofilme e outros problemas que possam ser detectados. A dificuldade de higienização é hoje o principal fator de risco para a peri-implantite. Além disso, afasta-se o risco da doença respeitando os protocolos de utilização dos implantes e executando devidamente todas as etapas do planejamento reverso.
Adotar um sistema de implantes confiável é um ponto-chave para afastar a incidência da doença. É necessário um conhecimento detalhado sobre o material a ser utilizado para obter excelência desde a fase cirúrgica até a finalização protética. É obrigação do clínico optar por empresas que invistam em pesquisa e desenvolvimento e que lançam produtos de vanguarda, com a devida comprovação científica. Respeitar as indicações dos fabricantes e utilizar adequadamente os implantes e os componentes protéticos, seguindo à risca as especificações dos fabricantes, faz com que os materiais sejam usados corretamente e não causem problemas como a peri-implantite.
Nesse sentido, a linha de implantes Implacil De Bortoli tem o menor índice de peri-implantite, pois a empresa investe em pesquisa e desenvolvimento, e só lança no mercado produtos devidamente testados. “Os materiais empregados na produção de seus componentes, quando chegam à boca dos pacientes, já sofreram um controle de qualidade muito rígido que evita problemas”, assegura Marco Aurélio Bianchini.
O baixo índice da doença nos implantes Implacil De Bortoli também se justifica pelo investimento em pesquisas para o desenvolvimento da superfície dos implantes e componentes protéticos. Esse investimento reflete diretamente na qualidade do produto que chega ao consultório do implantodontista, reduzindo as chances de incidência da peri-implantite. “Parcerias com universidades internacionais renomadas, como as de Viena, Nova York e Murcia, tornam a marca mundialmente reconhecida e aumentam sua credibilidade em âmbito internacional e nacional. Tudo isso repercute em resultados de excelência, tanto em trabalhos clínicos como laboratoriais, e associa a Implacil De Bortoli a níveis altíssimos de qualidade”, conclui Guenther Schuldt Filho.