Análise comparativa de dois biomateriais à base de colágeno, com diferentes composições, usados para enxertia óssea: um estudo experimental em animal

Análise comparativa de dois biomateriais à base de colágeno, com diferentes composições, usados para enxertia óssea: um estudo experimental em animal

Um grande número de materiais com diferentes composições e formas têm sido propostos e estudados para fins de regeneração do tecido ósseo.

Materiais à base de colágeno têm mostrado resultados promissores para esta aplicação, com propriedades físico-químicas aprimoradas.

O objetivo do presente estudo animal in vivo foi avaliar e comparar dois biomateriais à base de colágeno comercialmente disponíveis para regeneração óssea (Bio-Oss Collagen e Extra Graft), sendo estes implantados em defeitos ósseos circunferenciais criados na calvária de coelhos. Vinte coelhos receberam osteotomias parietais bilaterais, realizadas com o auxílio de uma trefina de 6,5 mm de diâmetro. Dois grupos foram criados: o grupo BC (Bio-Oss Collagen), onde o defeito foi preenchido com um biomaterial composto por 90% de partículas de osso bovino e 10% de colágeno suíno, e o grupo EG (Extra Graft), onde o defeito foi preenchido com um biomaterial composto por 75% de partículas de hidroxiapatita de origem bovina e 25% de colágeno bovino. Dez animais foram sacrificados aos 30 dias e outros dez aos 45 dias após as implantações, e as amostras foram processadas e analisadas histologicamente. Nas avaliações das amostras aos 30 dias, não foram encontradas diferenças importantes nos resultados.

No entanto, nas amostras com 45 dias de pós-operatório, o grupo Extra Graft (EG) apresentou melhores resultados do que as amostras do grupo Bio-Oss Collagen (BC), principalmente quanto à quantidade de formação de matriz óssea e o volume em área medido em cada amostra, onde o grupo EG apresentou valor 65 % maior do que nas amostras do grupo BC.

Com base nos resultados obtidos, concluímos que a quantidade de colágeno e as características das partículas presentes na composição dos biomateriais podem influenciar diretamente na quantidade de neoformação e/ou regeneração óssea.

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