Escaneamento de arcada total inferior utilizando o Transfer Scan Multiple Case

Matéria da Semana - Daniel Hiramatsu e Nathalia Stapani

Escaneamento de arcada total inferior utilizando o Transfer Scan Multiple Case

Por Daniel Hiramatsu e Nathalia Pereira Censi Stapani

Uma moldagem precisa do implante é a base para a fabricação de uma boa restauração sobre implantes. Portanto, avaliar e garantir a precisão das moldagens é essencial para alcançar resultados clínicos ideais em restaurações implantossuportadas. Atualmente, o uso de scanner intraoral para a transferência dos implantes é uma realidade comum nos consultórios, porém o escaneamento de arcos totais desdentados continua sendo um desafio quanto à precisão.

A precisão das impressões digitais de implantes é um processo multifatorial influenciado por diversas variáveis, incluindo o tipo de scanner usado, a estratégia de escaneamento, a posição, o número e a distância dos implantes, o nível de experiência do operador e o design dos scan bodies usados para transferir a posição dos implantes ou pilares no arco.

A utilização de scan bodies horizontais demonstra melhor veracidade e precisão quando comparamos com o escaneamento utilizando apenas os scan bodies convencionais. Para isso, eles devem ser conectados, porém não devem ficar unidos, permitindo que o formato do arco seja seguido durante a conexão dos scan bodies.

Neste caso clínico foi utilizado o novo corpo de escaneamento para arcos desdentados totais da Implacil Osstem. Os corpos de escaneamento são encaixados no scan body através de encaixes de precisão e são disponibilizados em três tamanhos diferentes (5, 10 e 15mm) para que eles possam ficam próximos entre si e facilitar a leitura pelos scanners intraorais.

Figura 1 – Foi realizada a perfuração dos implantes para protocolo em mandíbula e a posição foi conferida utilizado os paralelisadores.
Figura 2 – Implantes Implacil Osstem Due Cone Cone Morse foram instalados.
Figura 3 – Instalação dos mini-cônicos Implacil Osstem 4,8×2,5.
Figura 4 – A técnica de sutura escolhida para o caso foi a sutura transalveolar, em que, com a broca supercortante do kit cirúrgico, fazemos uma perfuração vestíbulo-lingual e por essa perfuração passamos o fio de sutura. O objetivo de usar essa sutura é a melhor estabilização dos tecidos após a regularização do rebordo.
Figura 5 – O fio de sutura é posicionado primeiramente nessa perfuração, para então, depois de os tecidos posicionados, o restante da sutura convencional ser feito.
Figura 6 – Aqui as suturas já estão finalizadas e as tampas protetoras de mini-cônico são posicionadas para facilitar o processo de sutura.
Figura 7 – Sobre os mini-cônicos foi feito um registro da oclusão e da posição dos implantes utilizando cilindros impressos de mini-cônico, para auxiliar o registro da dimensão vertical do paciente.
Figura 8 – Nesta imagem podemos ver o registro em posição e a estabilidade do conjunto.
Figura 9 – Para o escaneamento da arcada total inferior foram utilizados os scan bodies de mini-cônico e sobre eles foi posicionado o scan body de arco total. Podemos notar nesta imagem que eles não se encostam entre si, nem com os demais scan bodies, o que garante a precisão do escaneamento.
Figura 10 – Imagem da arcada total com os scan bodies e do registro em posição obtida através do escaneamento intraoral com o scanner Trios3 – 3shape.
Figura 11 – Após o escaneamento, os arquivos foram enviados para o laboratório confeccionar um índex em alumínio para, antes da execução da prótese final, conferir a precisão do escaneamento. Os modelos foram impressos e o índex foi posicionado, conforme o registro feito em boca. Tanto em boca, como na radiografia, podemos ver a correta adaptação do índex nos mini-cônicos.

Com o escaneamento validado, demos sequência à confecção da prótese protocolo final.

Figura 12 – É possível ver, tanto em boca, como na radiografia, a perfeita adaptação da peça nos mini-cônicos.

A utilização do escaneamento intraoral na prática clínica torna os procedimentos mais rápidos e mais confortáveis para o paciente, eliminando as etapas de moldagem em um rebordo recém-operado. E os scan bodies de arco total Implacil Osstem facilitaram o escaneamento de arcos totais desdentados, garantindo precisão nos processos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- Revilla-León M, Cascos R, Lawand G, et al. Accuracy of complete arch nonslinting and noncalibrated splinting implant scanning techniques recorded by using five intraoral scanners. J Prosthet Dent 2025;133:1581.e1-e10.

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3- Wulfman C, Naveau A, Rignon-Bret C. Digital scanning for complete-arch implant-supported restorations: A systematic review. J Prosthet Dent. 2020;124:161–167. 34.

4- Huang R, Liu Y, Huang B, et al. Improved accuracy of digital implant impressions with newly designed scan bodies: An in vivo evaluation in beagle dogs. BMC Oral Health. 2021;21:623.

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