OBJETIVO:
Esta revisão sistemática tem como objetivo avaliar a literatura atual sobre as técnicas disponíveis para remoção de implantes osseointegrados, em termos de sucesso de sua remoção, complicações e perda óssea.
MATERIAL E MÉTODOS:
Dois revisores conduziram uma busca sistemática da literatura por meio de bancos de dados eletrônicos (PubMed e EMBASE), complementados por buscas manuais da literatura. A remoção bem sucedida do implante foi definida como o variável primária. Complicações e disponibilidade de osso residual para implantação imediata foram definidas como desfechos secundários.
RESULTADOS:
Dezoito artigos, incluindo 372 implantes e 241 pacientes, foram incluídos. Cinco técnicas foram identificadas: torque reverso, trefinas, brocas, piezocirurgia e remoção do implante assistida por laser. Peri-implantite foi o motivo mais comum de remoção do implante, seguido por perda da crista óssea, fratura e mau posicionamento. O torque reverso foi a técnica mais relatada (284 implantes) com 87,7% de sucesso. As brocas foram usadas para remoção de 49 implantes com 100% de sucesso, enquanto as trefinas foram utilizadas para remoção de 35 implantes com 94% de sucesso. A piezocirurgia (11 implantes) e o laser Er.Cr:YSGG (1 implante) apresentaram 100% de sucesso. Um estudo relatou perfuração do assoalho sinusal após o remoção do implante com trefina, enquanto outro relatou fratura de 3 implantes após aplicação de torque reverso. Uma análise mais aprofundada foi prejudicada pela qualidade dos estudos disponíveis e pela falta de dados.
CONCLUSÕES:
O torque reverso parece ser o mais conservador e, na opinião dos autores, deve ser a primeira escolha para a remoção do implante, apesar de sua taxa de sucesso inferior. Estudos adicionais com desenhos controlados randomizados e amostras maiores são necessários.
Referências:
Clin Oral Investig. Jan 2020; 24 (1): 47-60.Roy M, Loutan L, Garavaglia G, Hashim D.