Implantes estreitos Veloce de 3.3 e utilização do pilar micro-cônico em região anterior inferior: relato de caso clínico.

Matéria da semana - Ricardo Zavanelli

Implantes estreitos Veloce de 3.3 e utilização do pilar micro-cônico em região anterior inferior: relato de caso clínico.

Por Ricardo Zavanelli

Introdução

Um paciente procurou tratamento protético reabilitador com queixa dos dentes 31 e 41 que estavam abalados. Ao exame clínico e radiográfico, notou-se mobilidade dos dentes, doença periodontal ativa e perda óssea.

Avaliamos o espaço mésio-distal entre os dentes 33 e 43 e constatamos a ausência de distância para a colocação de implantes individualizados. Assim sendo, optamos pela instalação de dois implantes Veloce CM de diâmetro 3.3 e pilares do tipo micro-cônico para a solução clínica.

Dessa forma, na matéria desta semana, será abordada uma situação clínica de espaço mésio-distal restrito com o uso de implantes híbridos do tipo VELOCE CM estreitos de 3.3 de diâmetro e posterior confecção de prótese sobre implantes com pilares intermediários do tipo micro-cônico.

Relato de caso clínico:

Figura 1 – Aspecto clínico inicial demonstrando presença de placa bacteriana nos dentes remanescentes 33, 31, 41 e 43 e ausência dos dentes 32 e 42, além de pequeno espaço mésio-distal entre os caninos inferiores que impedem o planejamento dos implantes individuais e consequentemente coroas individuais.
Figura 2 – Aspecto da radiografia periapical da região de interesse (dentes 33 a 43), demonstrando perda óssea dos dentes 31 e 41 e pequeno espaço mésio-distal para a instalação de implantes unitários (31, 32, 41 e 42).
Figura 3 – Aspecto do exame de tomografia computadorizada comprovando a ausência de espaço mésio-distal na região anterior inferior e os dentes 31 e 41 com extensa perda óssea.
Figura 4 – Ilustração dos cortes tomográficos da região de interesse demonstrando plenas condições de instalação ápico coronal dos implantes – no caso, Veloce de 3.3x11mm.

Figura 5 – Modelo impresso com o planejamento da futura reabilitação.
Figura 6 – Aspecto clínico dos implantes Veloce instalados e já com os cicatrizadores.
Figura 7 – Aspecto clínico da seleção do pilar micro-cônico e da confecção do provisório unido sobre os cilindros de metal instalados sobre os micro-cônicos.
Figura 8 – Aspecto do pilar micro-cônico com seus cilindros metálicos de provisório.
Figura 9 – Aspecto do provisório confeccionado sobre os pilares micro-cônicos.
Figura 10 – Aspecto do provisório imediato.
Figura 11 – Aspecto radiográfico final da instalação dos implantes Veloce de 3.3.

Conclusão

Diante do caso clínico apresentado, constatamos a importância de um correto planejamento, que evidenciou a necessidade de implantes estreitos do tipo Veloce CM e sobre esses implantes os componentes também estreitos do tipo micro-cônico para que os espaços desdentados mésio-distais fossem respeitados de forma adequada.

Assim sendo, concluimos que:

– em casos de espaço mésio-distal restrito podemos lançar mão de implantes estreitos do tipo Veloce de diâmetro 3.3;

– para seguir a mesma linha de raciocínio, os componentes também devem ter uma plataforma reduzida para poder assentar adequadamente a prótese sobre os implantes e o componente escolhido foi o micro-cônico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1- Bruno Leitão-Almeida, Octavi Camps-Font, André Correia, Javier Mir-Mari, Rui Figueiredo, Eduard Valmaseda-Castellón. Effect of bone loss on the fracture resistance of narrow dental implants after implantoplasty. Na in vitro study. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2021 Sep; 26(5): e611–e618. Published online 2021 Jun 20. doi:10.4317/medoral.24624.

2- Eduardo Antiua, Virginia Escuer, Mohammad H. Alkhraisat. Short Narrow Dental Implants versus Long Narrow Dental Implants in Fixed Prostheses: A Prospective Clinical Study. Dent J (Basel) 2022 Mar;10(3): 39.Published online 2022 Mar 4. doi:10.3390/dj10030039.